Retratos de Esperança

A exposição “Toda a Esperança do Mundo”,  patente até ao dia 15 de janeiro, no Centro de Juventude de Lisboa, é uma amostra fotográfica do livro “Toda a Esperança do Mundo”.

 A obra foi lançada em 2015 no âmbito do 30º aniversário da AMI e é resultado dos trabalhos de foto-reportagem do fotógrafo Alfredo Cunha e do jornalista Luís Pedro Nunes por países como a Guiné-Bissau, o Níger, a Roménia, o Bangladesh, o Sri Lanka, o Haiti, o Nepal e o Iraque, entre outros.

“Toda a Esperança do Mundo” foi concretizado no decorrer do ano de 2014 e retrata algumas das necessidades, privações e conflitos que a humanidade enfrenta através de uma “viagem pela geografia humana do sofrimento, da dor e da esperança”, como se pode ler no prefácio do livro assinado pelo jornalista Adelino Gomes.

 Os reporteres embarcaram numa jornada que durou praticamente um ano e enfrentaram a dura realidade da ainda persistente existência de escravos no Níger, dos bairros de lata no Bangladesh e das parcas condições de vida dos seus habitantes, da devastação que o tsunami, que se deu em 2004 no Sri Lanka, deixou na subsistência dos pescadores das regiões costeiras. Também se depararam com as meninas na Guiné-Bissau, que mutiladas pela tradição, não têm poder de decisão sobre o seu próprio corpo, entre outros retratos que marcam esta exposição monocromática que nos remete para um tempo que não deveria jamais ser o de hoje, nem o de amanhã. As desiguldades, a pobreza, conflitos bélicos, tradição religiosa, catástrofes naturais, são alguns dos temas que ressoam neste trabalho e na realidade da vida de muitos milhões de seres humanos.


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