AMI apoia projeto de saúde mental na Síria

No norte da Síria, província de Alepo, a população deslocada interna que foge do conflito armado, bem como a população que os acolhe, encontra-se perante um enorme desafio de vida, onde a violenta guerra civil que assola o país, se tornou num preocupante quotidiano. A população que aí permanece, é agora composta na sua maioria pelos mais vulneráveis, os que nunca dispuseram de capacidade financeira ou que, por terem pessoas ao seu encargo com mobilidade limitada, não puderam fugir do país, passando uma fronteira que lhes garantisse, pelo menos, a proteção a uma guerra em curso.

Perante a continuidade do conflito, sem resolução à vista, a necessidade de cuidados de Saúde Mental e Apoio Psicossocial torna-se uma realidade cada vez mais urgente. Para tal, nesta região, os serviços já estão disponíveis, dotados de equipamentos e pessoal técnico qualificado. No entanto, a população não acede aos mesmos por desconhecimento ou forte estigma associado à Saúde Mental.

Deste modo, a intervenção pretende quebrar barreiras e assumir a liderança no estabelecimento de uma rede de Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS), onde os estigmas são desconstruídos, a população torna-se informada e exerce o seu direito a aceder a serviços de SMAPS de acordo com as suas necessidades.

Para isto, o projeto irá exercer uma forte componente de informação e sensibilização à população abrangendo aproximadamente 4.000 pessoas, bem como a formação e mobilização de 60 voluntários, para Pontos Focais de Deteção e Referenciação de casos com necessidade urgente de cuidados especializados de saúde nesta área.

O projeto tem uma duração de 12 meses e tem um orçamento de 45.113€ dos quais a AMI financia 30.000€. A ação resulta de uma parceria entre a AMI e a ONG Syria Relief & Development (SRD) no âmbito de uma missão exploratória à Turquia junto dos refugiados sírios em 2017.