O nosso tempo esgotou-se…

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Queridos Amigos,

Chegou a altura do ano em que uma grande parte dos portugueses prepara a bagagem para ir de férias, seja para rumar a outra cidade, outro país ou ficar no conforto do lar, longe de preocupações e angústias e determinada a retemperar forças e regressar revigorada.

Porém, esta é também uma época marcada por incêndios cruéis e impiedosos, que já se tornaram um infeliz cenário desta altura do ano, aliados às elevadíssimas temperaturas que se têm feito sentir e que se tornam muito difíceis de suportar, sobretudo por crianças e idosos.

Eu sei. Estamos de férias, estamos cansados e só queremos voltar a pensar nos males do mundo em setembro. É perfeitamente natural e compreensível, mas a verdade é que os males não são de um mundo longínquo, são nossos, são meus, são seus e o nosso tempo esgotou-se. Não há uma forma mais sensível de o dizer…

Os males não são de um mundo longínquo, são nossos, são meus, são seus e o nosso tempo esgotou-se. Não há uma forma mais sensível de o dizer…

No início deste mês, recebemos a notícia de que os recursos da Terra para 2018 teriam esgotado e que viveríamos a crédito até ao final do ano. Ora, podemos escolher mudar de canal ou virar a página enquanto as rugas da testa espelham a nossa fugaz preocupação. Mas também podemos dedicar alguns minutos das férias a refletir sobre o que podemos fazer e a mudar comportamentos e atitudes para alterar o fatídico rumo de um planeta que é nosso, um planeta que já não aguenta e não tolera mais a nossa negligência. Não temos sabido escutar e interpretar os muitos sinais anunciadores de mudanças e, por isso mesmo, não soubemos ainda adaptar-nos corretamente aos novos tempos e às suas prementes exigências. Não temos sido, gestores, propriamente, exemplares do nosso bem-estar futuro.

O mais difícil, julgo que para todos, é abdicar da nossa zona de conforto.

Porém, já não se trata de uma opção. Trata-se do nosso dever enquanto cidadãos e do direito das gerações futuras a usufruírem de um planeta sustentável e pleno!

Deixo-vos uma dica: existem pequenos hábitos que podemos adotar facilmente (a ONU disponibiliza este guia muito interessante).

A AMI está empenhada em ser um agente de mudança! Convido-vos, por isso, a acompanhar o desenvolvimento de alguns dos nossos projetos como o “No Planet B” e o “Ecoética”. Eu estou determinado a fazer a minha parte e conto convosco! Se todos trabalharmos em conjunto e desempenharmos o nosso papel na preservação do planeta, não será preciso um plano B.

Termino, desejando que aproveitem as tão merecidas férias e regressem com um entusiasmo redobrado! O futuro (só) depende de nós…

 

Fernando de La Vieter Nobre,
Fundador e Presidente da Fundação AMI


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