Quando o terror nos bate à porta…

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 Três dias antes dos massacres de Paris, a imprensa internacional noticiou: 200 crianças executadas pelo autoproclamado Estado Islâmico na Síria. Vídeo e fotografias deste crime hediondo invadiram a internet. No entanto, pouco ou nada soubemos destas crianças. Permanecem anónimas, sem nome, rosto ou família que chore a sua ausência. O absurdo deste ato e a distância geográfica do mesmo, provavelmente ativou o nosso estado de negação. Na quinta-feira anterior, em Beirute, no Líbano, o mesmo Estado Islâmico reclamava a autoria de um outro massacre, desta vez com mais de 80 vítimas. Novamente, sem gerar muita comoção.

 

A crueldade dos atentados de sexta-feira 13 em Paris, produziu uma expectável e natural onda de indignação em toda a sociedade ocidental. Paris somos nós. Somos absolutamente contra a violência, a barbárie a morte. Tal como na capital francesa, em Portugal assistimos a concertos rock, gostamos de jantar fora e de conversar com amigos numa esplanada. Identificamo-nos com as vítimas, não só pela nacionalidade, como pelo estilo de vida e pelos valores próximos, senão idênticos aos nossos. Rapidamente, somos franceses para nos sentirmos mais humanos. Essa empatia dá-nos força num luto coletivo. Quando morre um inocente, o mundo torna-se num lugar mais sombrio.

 

A humanidade é um valor universal, sem fronteiras. Hoje, somos todos parisienses, mas também libaneses, sírios. afegãos. Somos todos seres humanos.


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