Como posso ajudar nesta missão?
age · muda · integra
Início: Julho 2021
Fim: Julho 2022
Custo: €13.100
Parceiros: BISAP
Beneficiários: 8.070 pessoas (3200 homens, 2500 mulheres, 1500 adolescentes, 800 crianças, 70 adultos e crianças com algum tipo de deficiência física.
ODS:
Na sequência do apoio prestado pela AMI à organização Bangladesh Integrated Social Advancement Programme – BISAP em 2020, decidimos continuar a colaborar com este parceiro local na implementação de mais uma ação de mitigação do impacto da Covid-19 junto das populações refugiadas (Bihari) e das comunidades de acolhimento da região de Chattogram.
Pretende-se com este projeto proporcionar um apoio de emergência contínuo a estas populações, bem como capacitá-las para minimizar a transmissão da doença e de aumentar a resiliência social, económica e sanitária para enfrentar novos surtos. O projeto inclui também uma componente de igualdade de género, que englobará atividades direcionadas para a redução da violência contra mulheres e crianças vulneráveis, que escalou durante a pandemia da Covid-19.
A intervenção focou-se em 3 campos de refugiados em Chattogram (Chittagong).
De acordo com Tareq Jabed, fundador e director da BISAP, “as pessoas de Quiltipur vivem em condições precárias desde 1971. Vivem em condições desumanas, sem acesso a água, saneamento e saúde e com uma situação económica muito vulnerável.”
Um dos campos que a equipa da AMI visitou é um edifício muito degradado onde habitam cerca de 5000 refugiados, sendo que em cada compartimento vivem 5 ou mais pessoas. As condições são extremamente precárias, sem luz nem saneamento básico.
Face a este contexto, o projeto teve uma importância extrema, sendo que os resultados esperados foram: 1) prestar assistência imediata no âmbito da Covid e sensibilizar para questões de saúde 8000 beneficiários de 3 campos de refugiados e bairros de lata circundantes; 2) melhorar a saúde e aumentar a resiliência social das comunidades em 70 a 90% e 3) aumentar a resiliência económica em 50% para resistir a impactos financeiros causados pela pandemia e futuras crises.
Para os alcançar, foram feitas diversas referenciações para testagem e aconselhamento Covid; foram realizadas diversas sessões presenciais de sensibilização às comunidades e ainda sessões de teatro sobre a prevenção face à Covid, bem como uma campanha digital; foram feitas ações de orientação dirigidas a líderes comunitários e aos prestadores de cuidados de saúde locais, e foram distribuídos mais de 500 kits de ajuda alimentar de emergência aos beneficiários mais carenciados.
De forma a aumentar a resiliência económica, foram realizadas sessões de sensibilização e debates para consciencializar as comunidades para as mudanças na sociedade; foi desenvolvido um programa de formação em costura, estampagem de tecidos e pintura de telas, no sentido de capacitar os beneficiários para obterem uma fonte de rendimentos.
Numa visita ao terreno realizada por uma equipa da AMI no final de junho de 2022, foi possível verificar o impacto destas ações junto das comunidades beneficiárias. Em todas as comunidades, era visível o uso de máscara, o recurso a álcool gel e ainda posters afixados com mensagens de prevenção do contágio.
Foi também possível visitar o centro de formação onde diversas mulheres e homens estão a aprender costura e estampagens, sendo que alguns desses formandos tiveram já um emprego assegurado numa empresa de estampagens.
Em conversa com a equipa da AMI, Shabnam Skter, uma das beneficiárias do centro de formação, contou que foi para Chittagong há 6 meses e começou a fazer o curso de costura, graças ao qual o seu filho já pode ir à escola. Skter já dá também formação de costura e espera, um dia, ter meios para comprar uma máquina de costura e, assim, ajudar no orçamento familiar, já que o marido perdeu o emprego com a pandemia.
É crucial continuar a providenciar assistência a estas comunidades tão vulneráveis, pelo que a AMI irá apoiar a BISAP na implementação de mais um ciclo de projeto.
