Uma clínica móvel de emergência vai realizar 1.200 consultas por mês nas cidades de Harem e Mills, na Síria, para levar cuidados médicos à população afetada pelo sismo de 6 de fevereiro. O projeto de intervenção humanitária de emergência resulta de uma parceria entre a AMI e a organização Syria Relief & Development.
Foto: Syria Relief & Development
A AMI e a organização Syria Relief & Development estão a assegurar cuidados de saúde às vítimas do sismo na Turquia/Síria, através de 24 ambulâncias e uma clínica móvel de emergência que conta com um médico uma enfermeira, uma parteira e dois técnicos de apoio psicossocial. A equipa médica do “Emergency Mobile Clinics in Harem and Mills” planeia realizar, em média, 1.200 consultas por mês.
O projeto “Emergency Mobile Clinics in Harem and Mills” garante consultas médicas gerais; serviços de saúde reprodutiva e pediátrica; cuidados de saúde mental não especializados e aconselhamento psicossocial. Os doentes são ainda referenciados para acesso a serviços especializados.
A par da clínica móvel de emergência, a AMI e a Syria Relief & Development também estão a trabalhar em conjunto para garantir a operacionalização de equipas médicas afetas a 24 ambulâncias, que estão a prestar assistência às vítimas do sismo.
Para a Syria Relief & Development este apoio é essencial e muito urgente, uma vez que “a resposta de emergência na Síria ficou aquém das capacidades devido à intensidade do sismo”. No momento, a organização ainda está “concentrada em retirar os corpos sob os escombros e prestar cuidados aos sobreviventes também sob os destroços”, numa luta contra o tempo. Enquanto as carências da população são cada vez mais graves, num cenário de total destruição e inverno rigoroso.
“A maior parte das famílias da cidade de Jandaris estão desalojadas. As suas casas estão destruídas e elas não têm qualquer abrigo”, alerta a Syria Relief & Development descrevendo um cenário com “um grande número de mulheres e crianças nas ruas sem nenhum dos seus haveres, apenas com a roupa do corpo. Segundo a organização o acesso a alimentos e medicamentos também continua cortado, porque “todas as lojas e farmácias estão fechadas”.
Para apoiar a intervenção das equipas médicas, a AMI mantém como prioritária a angariação de fundos para este projeto, através do MBWay 962 777 431ou IBAN PT50 0007 0015 0040 0000 0067 2.
Nos últimos 20 anos, através do envio de equipas expatriadas e parcerias com organizações locais, a AMI interveio em cinco cenários pós-sismo. Em 2003, na cidade de Bam, no Irão e em 2005, na região de Caxemira, no Paquistão. Após o sismo que devastou o Haiti em 2010, a AMI manteve durante onze meses um projeto na capital Port-au-Prince, para assegurar cuidados primários através de clínicas móveis. A ajuda humanitária no Haiti foi reforçada em 2021, quando outro sismo afetou o sul do país. A atuação da emergência da AMI regressou à Ásia em 2015, quando uma equipa coordenada por Fernando Nobre esteve presente no Nepal, para prestar apoio às vítimas de um sismo que afetou mais de 4,6 milhões de pessoas e atingiu ainda a Índia, Bangladesh, Paquistão e China.
Segundo dados atualizados pela agência Reuters a 15 de fevereiro, o sismo de magnitude 7,8 que ocorreu entre a Turquia e Síria afetou 24 milhões de pessoas, causando a morte de mais de 41.000 pessoas, cerca 90.000 feridos e 2,4 milhões de deslocados. Os edifícios destruídos são mais 6.500 e os danos materiais estão avaliados entre 50 a 80 milhares de milhões de dólares.
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