Precariedade económica e social da população ativa é preocupante

Entre as 6.772 pessoas apoiadas pela AMI no 1.º semestre de 2024, a maioria está em idade ativa. Acima dos 16 anos, apenas 7% tem rendimentos provenientes de trabalho e, ainda assim, os mesmos revelam-se precários e insuficientes.

No 1.º semestre de 2024, os serviços sociais da AMI (Fundação de Assistência Médica Internacional) apoiaram 6.772 pessoas, sendo predominantemente naturais de Portugal (71%) e dos PALOP (9%) e, entre as quais, 1.188 procuraram o apoio da Fundação pela primeira vez, o que representa um aumento de 5% em relação ao período homólogo de 2023.

Dos beneficiários apoiados pelos serviços socais da AMI, 62% está em idade ativa (entre 16 e 65 anos), sendo que 27% tem menos de 16 anos e 11% tem mais de 66 anos.

A dimensão da precariedade económica e social na população em idade ativa é preocupante. No total das 6.772 pessoas apoiadas pelos serviços sociais da AMI, apenas 7% têm rendimentos provenientes de trabalho e, ainda assim, revelam-se precários e insuficientes, motivo pelo qual mantêm a necessidade de recorrer a apoios sociais.

Tendo em conta os serviços prestados nos equipamentos da AMI, o Apoio Social realizou 7.808 atendimentos, acompanhamentos sociais e encaminhamentos.

O serviço de distribuição de géneros alimentares chegou a 2.692 pessoas, que representam um total de 1.090 agregados e correspondem a um aumento de 23% em relação ao período homólogo do ano passado, tendo sido entregues 5.766 cabazes, observando-se aqui um aumento de 85% em relação a 2023.

O serviço do refeitório, sendo um dos mais utilizados, no 1.º primeiro semestre apoiou 1.002 pessoas, um acréscimo de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, servindo um total de 87.067 refeições.

Quanto ao serviço do roupeiro chegou a 1.735 pessoas num total de 867 agregados familiares.

Pessoas em situação de sem-abrigo

As pessoas em situação de sem-abrigo apoiadas pela AMI no 1.º semestre de 2024 foram 1.015, tendo-se registado 269 novos casos. Só as Equipas de Rua da AMI apoiaram 309 pessoas em situação de sem-abrigo, o que representa um aumento de 24% em relação ao 1º semestre de 2023.

Os locais de pernoita mais frequentes são a rua ou espaço público (35%); alojamento específico para pessoas em situação de sem-abrigo, como abrigos temporários ou de emergência (16%); pensão/quarto (11%). Outros locais de pernoita são, por exemplo, a casa de familiares ou amigos por falta de outra opção (7%).


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