Estão abertas as candidaturas ao “No PLANet B” – Grandes Ações

Pequenas e médias organizações portuguesas têm até dia 25 de maio para se candidatarem.

Os 18 projetos selecionados terão o financiamento da União Europeia e do Instituto Camões, num total de 580 mil euros.

O combate às alterações climáticas, a transição energética e o comportamento sustentável foram alguns dos destaques da cerimónia que marcou o lançamento da linha de financiamento do projeto “There isn’t a Planet B! Win-win strategies and small actions for big impacts on climate change”, realizada no dia 12 de abril, na sede da AMI, em Lisboa.

A sessão contou com a presença de Ana Teresa Perez, em representação do Ministro do Ambiente, e do presidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS), Filipe Duarte Santos, e foi conduzida pelo fundador e presidente da AMI, Fernando Nobre.

Fernando Nobre aproveitou a ocasião para chamar a atenção para as questões que envolvem as alterações climáticas. “Penso que a opinião pública começou a tomar consciência que algo está a acontecer. As previsões que fizemos em 2011 já foram ultrapassadas, e para pior”, declarou.

Filipe Duarte Santos falou da importância de, como país desenvolvido, praticarmos a solidariedade. “A qualidade de vida vai diminuir globalmente. Não temos, de facto, um planeta B. A recomendação que se pode dar é que é muito preferível cuidarmos deste planeta”, disse. Segundo o presidente do CNADS, as alterações climáticas são algo que a humanidade não previu e consequência do tipo de energia que consumimos.

Em nome do Ministro do Ambiente, Ana Teresa Perez afirmou que Portugal tem resultados visíveis no combate às alterações climáticas, embora seja um dos países da Europa mais vulneráveis neste sentido. “Estamos em linha para cumprir as metas estabelecidas pela União Europeia para 2020. Em 2016, Portugal assumiu o compromisso de se tornar neutro em carbono até 2050”, referiu.

Ana Teresa Perez também falou da importância de pensar os hábitos que se pode alterar no dia a dia, a fim de mudar este paradigma: “Costuma-se pensar o tema na esfera política e pública. As pessoas sentem-se distantes desta realidade”.

Com o lema “Um único planeta para todos”, o projeto engloba as áreas previstas nos ODS 11, 12 e 13, comprometendo-se a financiar ações dentro das subáreas “transportes sustentáveis nas cidades”, “gestão de resíduos”, “consumo e produção responsáveis” e “combate às alterações climáticas”.

Em nome da AMI, a coordenadora do projeto, Andreia Carvalho, fez um convite às Organizações da Sociedade Civil (OSC) portuguesas a apresentarem as suas propostas para grandes ações (projetos entre os 30 mil e 80 mil euros) até dia 25 de maio. Serão, posteriormente, abertas candidaturas para pequenas ações, de menor valor.

“O que nós pretendemos é financiar pequenas e médias organizações, capacitar e formar estas organizações para este tipo de trabalho e criar uma grande rede entre as organizações portuguesas e os países parceiros”, afirmou. “Queremos chegar às organizações mais pequenas, que têm dificuldade em chegar aos fundos europeus”.

Sobre o projeto:

“No PLANet B” é uma iniciativa da organização italiana Fondazione punto.sud, que atua na preparação, gestão e avaliação de programas de ajuda humanitária. Juntaram-se ao programa, para além da AMI, a Asociatia Servicul Apel (Romenia), o Fondo Andaluz de Municipios para la Solidaridad Internacional (Espanha), a Finep akademie e.V. (Alemanha) e a Hungarian Baptist Aid (Hungria).

Trata-se de um projeto cofinanciado pela União Europeia no âmbito do programa Educação para o Desenvolvimento e Sensibilização (DEAR) e pelo Instituto Camões.

Estão já agendadas sessões de esclarecimento em todo o país:

  • 20 de abril – Lisboa (Sede da AMI)
  • 24 de abril – Faro (Auditório 1.4, Campus da Penha – Universidade do Algarve)
  • 4 de maio – Porto
  • 8 de maio – Madeira (Sala da Assembleia Municipal – C.M. Funchal)
  • 14 de maio – Açores (Academia da Juventude e das Artes da Ilha Terceira – Praia da Vitória)

Critérios de elegibilidade:

São elegíveis as OSC que cumpram os seguintes requisitos: ser legalmente constituída; ser uma organização sem fins lucrativos; ser uma Organização da Sociedade Civil; estar sediada em Portugal; ter um volume de negócios anual inferior a 300 mil euros; ter provas de gestão com sucesso de projetos similares nos últimos 3 anos; não ter beneficiado de um financiamento no âmbito do programa DEAR (apresentação de candidaturas em 2016), direta ou indiretamente (por exemplo, através do apoio financeiro a terceiros de uma ação financiada pelo DEAR).

Candidaturas e mais informações:

www.noplanetb.net

www.ami.org.pt

[email protected]

TEL. 21 836 21 00