Aumentam 46% novos pedidos de ajuda à AMI em 2023 

No primeiro trimestre de 2023, a AMI registou um aumento de 46% no número de pessoas que recorreram, pela primeira vez, aos seus equipamentos sociais em Portugal, e de 53% no número de novos casos de pessoas em situação de sem-abrigo, em relação ao período homólogo de 2022. As Equipas de Rua da AMI apoiaram 173 pessoas em situação de sem-abrigo no primeiro trimestre (um aumento de 30%). 

Os serviços sociais da AMI em Portugal apoiaram, no primeiro trimestre de 2023, 5409 pessoas em situação de vulnerabilidade social, das quais 533 procuraram o apoio da AMI pela primeira vez (um aumento de 46% em relação ao primeiro trimestre de 2022). 

Das pessoas apoiadas, 50% são homens – 2692 – e 50% são mulheres – 2717, encontrando-se a maioria em idade ativa, entre os 16 e os 66 anos (70%), seguida do grupo de menores de 16 anos (21%) e dos maiores de 66 anos (7%). São naturais de Portugal (79%) e dos PALOP (6%).  

No que diz respeito ao emprego, 43% das pessoas com mais de 16 anos, não exerce qualquer atividade profissional e 41% não tem formação profissional. Os recursos económicos provêm sobretudo de apoios sociais como o RSI – Rendimento Social de Inserção (18%), pensões e reformas (10%), subsídios e apoios institucionais (5%). Apesar de 8% ter rendimentos de trabalho, estes são precários e insuficientes. 

O número de pessoas acompanhadas em situação de sem-abrigo atingiu, neste primeiro trimestre de 2023, 873 pessoas (mais 14% face ao primeiro trimestre de 2022), tendo-se registado 142 novos casos de pessoas em situação de sem-abrigo (mais 53% face ao primeiro trimestre de 2022).  

Por sua vez, as Equipas de Rua da AMI apoiaram 173 pessoas em situação de sem-abrigo no primeiro trimestre (mais 30% relativamente ao mesmo período em 2022), das quais 46 foram apoiadas pela primeira vez. 

No que diz respeito aos serviços prestados pelos equipamentos sociais da AMI em Portugal, 1312 das pessoas acompanhadas usufruíram do Apoio Social, 1343 pessoas foram apoiadas com distribuição de géneros alimentares, e 600 pessoas recorreram ao serviço de refeitório, um dos mais utilizados neste primeiro trimestre, num total de 40.043 refeições servidas nos Centros Porta Amiga, Abrigos Noturnos e Serviço de Apoio Domiciliário.  

A pressão social não para de subir, mas os apoios, infelizmente, não acompanham este aumento já que a classe média, maioria dos nossos doadores, começa a ficar em risco de pobreza.  


Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

You may use these HTML tags and attributes:

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>